Acelen reduz emissão de CO2 em volume equivalente a uma área de 1.196 Maracanãs de árvores

Empresa está há pouco mais de um ano à frente da ex-refinaria da Petrobras

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RIO - Há pouco mais de um ano à frente da gestão da Refinaria de Mataripe, na Bahia, a Acelen, braço do fundo de investimentos árabe Mubadala conseguiu reduzir as emissões de gás carbônico (CO2) da unidade em 268 mil toneladas, o equivalente à plantação de 22.356 hectares de árvores ou a 1.196 estádios do tamanho do Maracanã, informou a Acelen ao Estadão/Broadcast.

Segundo a empresa, a redução das emissões foi possível por meio da implementação de uma série de iniciativas, inclusive de eficiência energética e hídrica, que trouxeram resultados significativos em 2022 na comparação com 2021. A refinaria que pertencia à Petrobras teve queda de 6% no consumo de energia; redução de 54% das emissões pelo flare; diminuição de 41% de emissões de enxofre; e 8% a menos de utilização de água nas operações. Além disso, foi eliminado o uso do cloro, substituindo-o por outros produtos mais modernos para tratamento da água.

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“Estamos investindo em tecnologias e iniciativas de eficiência energética para reduzir a geração de gases de efeito estufa, emissão de particulados, consumo de gás natural, a partir de uma série de iniciativas para melhorias ambientais, contribuindo para uma refinaria muito mais sustentável”, destacou o vice-presidente de Operações da Acelen, Celso Ferreira.

Desde que assumiu a refinaria da Petrobras, em novembro do ano passado, a Acelen vem investindo na modernização da planta, um programa de R$ 1,1 bilhão. Desse total, R$ 60 milhões foram destinados à implementação de mais de dez iniciativas de eficiência energética para atingir um novo patamar de desempenho ambiental.

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O objetivo principal foi produzir mais com menos utilização dos recursos naturais e menor impacto ambiental possível. ”Em poucos meses, os ganhos já foram expressivos, proporcionando melhorias nos principais índices ambientais, com destaque para o aumento de eficiência hídrica, energética e menores emissões de gases de efeito estufa”, afirmou o executivo.

Carbono

Em outra frente, a Acelen foi pioneira no Brasil em trazer do Congo a primeira carga de petróleo (920 mil barris de óleo bruto) com neutralização de todo o carbono gerado na logística marítima para ser processado na refinaria, em agosto do ano passado. Os créditos para neutralização do CO2 (cerca de 1.789 toneladas) foram gerados através do Projeto Envira Amazônia REDD, que funciona como um pagamento para projetos de conservação de ecossistemas e compensação de carbono florestal, aplicados em território brasileiro.

O mesmo foi feito em dezembro, ao neutralizar o carbono gerado em todo o ciclo de transporte de um VLCC (Very Large Crude Carrier), que trouxe uma carga de dois milhões de barris de petróleo da Angola, considerando todas as etapas de logística até o processamento na Refinaria de Mataripe. As 3.639 toneladas de carbono geradas na operação foram neutralizadas a partir de créditos advindos de um projeto local de manejo sustentável no Aterro Sanitário de Salvador para produção de bioenergia.

Acelen está investindo R$ 1,1 bilhão na modernização da planta Foto: Divulgação/Refinaria de Mataripe

Metas Para 2023, a Acelen tem como meta consolidar a cultura ESG (governança ambiental, social e corporativa, na sigla em inglês) com seu público interno, por meio de desenvolvimento de equipes em sinergia entre as áreas de operação e de recursos humanos. “Vamos manter e reforçar os treinamentos e a capacitação técnica para fortalecer a cultura ESG na refinaria com base em pessoas, segurança, meio ambiente, sustentabilidade, qualidade e ética”, afirma Celso.

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“Também manteremos contato próximo com as comunidades do entorno por meio do Conselho Consultivo Comunitário”, explicou Ferreira. Entre as metas já definidas estão a redução de 15% das emissões pelo flare – de 114 para 97 toneladas/dia; reduzir o índice de energia em 9% , passando de 329 a 298 MMBTU/mil m3; reduzir o consumo de água e vazamentos de vapor, além de melhorias nas torres de resfriamento em 11%, de 0,165 a 0,147 m³/barril; e ajuste de variáveis de processo na Unidade de Recuperação de Enxofre permitirão reduzir em 39% as emissões, de 326 a 200 t/m.

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